quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A lenda de Wan

Animações como já andei comentando, a muito tempo deixou de ser entretenimento só para crianças.Algumas produções podem agradar diversos públicos, eu chamo de filmes ou desenhos (nesse caso) cebola, por justamente possuir várias camadas, o que permite uma fácil assimilação de vários públicos tanto dos mais exigentes ou daqueles que apenas assistem para passar o tempo.

Um equilíbrio muito almejado por vários meios, e que muitos filmes atuais pecam justamente por isso. Não é fácil dar profundidade a uma história, um exemplo clássico que sempre gosto de usar é Matrix, tem toda uma questão filosófica em sua história, boa direção e roteiro, e no final das contas pode ser apenas um filme de ação. Tudo é uma questão de achar o equilíbrio, e por falar nisso como não aprender sobre, em Avatar.

A tempos eu não era comovido por uma animação assim, acho que a última vez foi em tory story 3. Tudo é questão de equilíbrio, umas das várias mensagens desse desenho magnífico.
                           
                           (Qualquer semelhança yin yang não é mera coincidência )
Os dois últimos episódios da temporada atual, foi  mostrada a história de Wan, o primeiro avatar, e para quem não é familiarizado, o avatar é o único humano capaz de dominar os quatro elementos, Terra, Água, Fogo, Ar. Com dois episódios intitulados de primórdios, vemos que se passa a muito, mais muito tempo atrás, e para enfatizar esse distanciamento outro aspecto técnico foi o usado, traços diferentes na animação, que apesar de serem mais simples,só acrescentaram ao valor artístico desses dois episódios.



No decorrer da série vimos relances do passado de vários avatares, que mostravam tamanha criatividade e imenso valor para cada personagem, ainda sou curioso sobre o caso do avatar que perdeu sua amada para espírito que roubava faces. No início do episódio somos apresentados a Wan, de cara vemos sua característica marcante, o típico rebelde, cena essa que me lembrou muito o Aladin da disney. Em um dos diálogos com dois de seus amigos é mencionado que alguns tem poder e outros não, o que causa muito frustração nele. A partir daí vemos a construção de sua personalidade em busca de seu equilíbrio, ao usar sua malandragem ao roubar o elemento do fogo, ao mesmo tempo que vemos um lado buscando por justiça, e sua demonstração de respeito e compaixão. Tudo isso no decorrer de sua jornada vai sendo aflorado onde no final somos presenteados com um personagem bastante cativante.

Outra questão interessante é que por mais que Wan tenha feito mudanças, inspirando pessoas, isso trouxe consequências caóticas, como os humanos tomando o espaço dos espíritos, a libertação de Vatuu, que embora resolvidas, novos conflitos continuaram a existir, o que reflete justamente em toda a mensagem do desenho, o equilíbrio, o conflito entre Vatuu e Raava, Luz e escuridão, um não existe sem o outro , como foi explicado pela própria Raava.

E o que por um breve momento pareceu ser uma história triste, a lamentação de Wan com Ravaa, por não ter conseguido sua busca pela a paz, ao mesmo tempo vemos a lindeza dessa história, auxiliada com uma trilha sonora emocionante, ao termino de lamentações de não ter cumprido sua missão perante a morte e o renascer da vida com um choro de um bebê.

Me foi passado uma junção de sentimentos alegres e tristes, com a morte do personagem e ao mesmo tempo temos o renascer a persistência em busca pela paz, já que o espírito de Raava sempre irá reencarnar, agora imaginem a quantidade de histórias e vidas  que passaram  até chegarmos a Aang ou Korra. Essa é a beleza de Avatar. O equilíbrio, entre drama, comédia, arte, ação e música.


                                                      (Trilha sonora de puro Amor *-*)

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